sábado, 17 de janeiro de 2009

Tic Tac...

Engraçado como as coisas são...
Outro dia estava assistindo ao filme "As patricinhas de Bervelly Hills", pela décima-nona vez, quando pensei "nossa! como as roupas nos anos 90 eram ridículas!", e aí que me toquei: eu nasci nos anos 90, passei minha infância neles, me mudei para onde moro naquela década, e já faz mais de uma que moro lá! Pior, eu usei aquelas roupas!!! Os anos 90 pareciam tão próximos a tão pouco tempo, e agora parecem tão distantes... Será que o tempo passando é sempre assim, tão complicado de se perceber?
Há alguns anos, ter um carro 98/99 estava bom... Aliás, estava ótimo, era um semi-novo, com poucos quilômetros rodados, em ótima condição; hoje, esse mesmo carro é uma velharia, com os estofados gastos, o motor dando tudo quanto é pau, e com 10 anos de idade...
Uma década, e está pronto para ser jogado fora. Antigamente os carros duravam 10, 20 anos com o mesmo proprietário, mas hoje troca-se de carro de ano em ano, ás vezes até menos... Não é a toa que hoje ninguém mais dá nome pro carro (pode ser meio bobo, mas acontecia muito); o cara mal memorizou a placa, já quer trocar por um modelo mais novo! Nem todo mundo é assim, É claro, mas quantas pessoas você conhece que usam o mesmo carro há 5 anos? Poucas...
Acho que isso acontece porque hoje em dia tudo, absolutamente tudo é descartável. Carros, eletrodomésticos, celulares, roupas, acessórios... Vivemos na era do plástico, do consumismo, de pessoas que mal têm onde morar, mas têm TV, celular e MP3 player. Imagina se sentimentos pudessem ser vendidos? "Amor imenso, tamanho família, último modelo, em 500 suaves prestações, compre logo antes que acabe, só nessa sexta feira!!"...
É... O tempo passa, e pode até parecer que não, mas os filmes, os carros, enfim, os produtos do mundo moderno estão sempre aí para nos lembrar que sim, o tempo passa, passa, e continua passando...

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